O medo existe, como o risco também
- Marcus M. C. Gómez
- 1 de dez. de 2016
- 2 min de leitura
Você tem medo? Medo de mudar? Medo das decepções? Medo de ganhar menos? Medo de ouvir um não? Medo de não ser amado? De que você tem medo?
Essas perguntas parecem um tanto óbvias de responder. Claro que temos medos. O medo é uma parte importante da vida, ouso dizer até que o medo é essencial para nossa existência em uma multiplicidade de valores.
Contudo, quão medroso você é?
Entendermos o que nos dá medo pode ser o primeiro passo para uma vida mais satisfatória consigo mesmo.

Em primeiro lugar, devemos entender que o medo é bom. O medo nos obriga a sermos criteriosos em nossas escolhas. Nos torna seres pensantes.
Meu pai sempre me disse: "não deixe que suas virtudes se transformem em defeitos", esse é um problema recorrente com o medo, em princípio ele é bom, mas se você deixar que ele domine sua vida passa a ser um péssimo defeito.
Você quer ganhar mais, fazer carreira, ser reconhecido. Mas não troca de emprego porque? Tem medo?
E se não der certo? E se eu falhar? E se? E se? E se?
O risco existe sempre, aliás, o risco é o tempero da vida. O que faz a valoração da vida é o risco. Já pensou que vida chata se soubéssemos que tudo que faremos será bem sucedido? Que graça teria?
Saiba que você pode falhar, na verdade, muito provavelmente você falhará. Thomas Edison fracassou mais de 1.000 vezes antes de lograr êxito em fazer a lâmpada elétrica. O que você fará depois de seu fracasso é que fará a diferença. Vai desistir? Vai choramingar e se auto-vitimar? Ou vai continuar a tentar até fazer dar certo?
Veja bem, não quero promover um discurso sobre meritocracia e enaltecer o poder do empreendedorismo, Epicteto, filósofo do século I d.C. Já dizia que poucas coisas de fato dependem de nós, a maior parte depende de fatores alheios à nossa influência ou vontade. O que quero frisar é que o seu medo não pode ser maior do que sua vontade.
A vontade deve te impulsionar a ser melhor, a buscar evolução, a viver a vida de maneira integral e intensa. E o medo? O medo deve estar aí, equilibrando suas ações, obrigando a ponderar. O resultado da sua vida virá de acordo com quanto você alimentará cada um. Se você alimentar só a vontade, viverá uma vida inconsequente e provavelmente frustrada, pois fará tudo por impulso, sem o menor cuidado ou planejamento. Se você alimentar só o medo, estará sempre estagnado, sonhando em como seria se tivesse coragem para fazer aquilo que você sempre quiz fazer e não fez.
Agora, experiente alimentá-los de maneira a equilibra-los como lhe aprouver, hora arriscando, hora recuando.
Esse exercício do equilíbrio entre seus medos e suas vontades te farão viver a vida de maneira que você possa dizer: "eu vivo minha vida. Vivo como quero viver"
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