Sobre o Amor
- Marcus M. C. Gómez
- 21 de ago. de 2016
- 2 min de leitura
Escrevi esse texto para um casal de queridos amigos que acabara de se casar, é uma reflexão sobre qual tipo de amor devemos aplicar a nossa vida, sobretudo nossa vida matrimonial.
Casal, muito se fala sobre a importância do amor em um relacionamento, mas o português só tem um palavra para o amor e ela serve para qualquer tipo de amor, porém os gregos tinham 3 palavras distintas para 3 tipos diferentes de amor.
Para Platão amor era Eros, o amor Eros era desejo, para Platão, se amava o que se desejava, um emprego que não se tem, uma casa que não se tem, um relacionamento que não se tem, ao passo que se tem, o amor deixa de existir e se começa a amar outra coisa.
Para Aristoteles, amor era Philia, o amor Philia era o contrário de Eros, é o amor pelas coisas que se tem, por sua família, sua mulher, seu emprego. Philia representa a satisfação de se ter prazer nas coisas que já se conquistou.
Os dois amores dos gregos eram voltados apenas para os desejos e satisfações pessoais, o que eu desejo e o que eu possuo.
Jesus trouxe um novo tipo de amor, o amor Agápe, esse amor é um amor baseado na felicidade alheia, um amor baseado em princípios. Eu te amo tanto que prefiro ver você feliz do que ter o que eu quero. Esse amor se faz na satisfação da pessoa amada, amor ao próximo, uma forma sublime de amor transcendente, ao passo que Eros e Philia eram imanentes ao ser.
Dezenove séculos depois, o filósofo alemão Frederic Nietzsche propôs mais um tipo de amor, o amor Fati, esse amor é o amor ao mundo real como ele é de verdade. Nietzsche dizia que a nostalgia e a esperança atrapalhavam a vida pois estão em dois tempos que não existem, o ontem e o amanhã. "Ame as pessoas de sua vida, pois são as únicas que de verdade existem".
Então, qual amor aplicar em nossas vidas??
A resposta é simples, todos.
Eros faz com que sempre desejemos sermos melhores um para o outro, Philia nos permite sermos felizes com cada conquista obtida, o amor Fati nos insta a sermos felizes com o que temos e não esperarmos sempre um ideal imaginado.
Acima de tudo, o amor pregado por Jesus, o amor Agápe nos impulsiona a sermos a felicidade do ser amado, enquanto cada um buscar a felicidade do outro e não de si mesmo, o relacionamento florescerá cada dia mais.
Viva de tal maneira a querer que esse momento se repita infinitas vezes" (lei do eterno retorno- Friedrich Nietzsche )
Que esse amor perdure eternamente e a felicidade resida entre vós sempre, são os votos da família Gómez.

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